terça-feira, 14 de novembro de 2017

Douro 2017

Douro, Miradouro de S. Leonardo em Galafura - Setembro 2017
Desenho a caneta rolerball sobre papel, que retrata uma das mais magnificas paisagens do Douro, visto do MiraDouro e S. Leonardo em Galafura.

Este desenho representa um sentimento de quase desespero, pela busca da visão danificada e perdida num grave incidente de abuso de autoridade e violência traumática por parte de um agente da EMEL, que aconteceu durante a organização do IFAC 2017 - International Festival of Art and Construction, que trouxe pela primeira vez para Portugal. Este retrato da paisagem, foi durante dez dias que passei no Douro, em busca de recuperar a minha própria visão, e a minha própria essência, depois de um ano descentrado, confuso, e onde a velocidade alucinante e conflitos gerados destruturou o meu ser e permitiu a grandes aprendizagens, a grandes reconhecimentos e a que todo o meu corpo e dna se volte a realinhar neste novo ciclo que se inicia após este ano do Galo do Fogo, sem dúvidas o mais difícil que já vivi, mas também aquele onde consegui chegar mais alto e mais longe naquele que é o meu sonho que trago para o planeta e para a humanidade.
Cada traço ao longe, capta a procura de mim mesmo, de como me conheco e sempre conheci, da minha liberdade, da minha visão que preciosamente utilizo para captar e expressar o meu talento no desenho, e que se insere na matriz de luz abundante e única existente neste país.
Sem fé não há vida, e a esperança é a última a morrer. Acredito na auto-cura, e em mim como ser curador, e sei que um dia esta lesão irá desaparecer por força maior, pois a minha alma recusa em aceitar algo tão forte de destruição no seu percurso e evolução, e essa força e recusa de ser, acredito que cumprirá a cura, assim como toda a reflexão e lições que busco de todas estas histórias passadas, e que as pinto em vales orgânicos, de vida, vinha e flor.

Nada nesta vida compensa a perda da nossa saúde, e das nossas maiores capacidades e sentidos físicos e mentais.

Dedico este desenho à minha Avó Carlota, que faleceu também este ano, aos seus 97 anos, no dia 10 de Maio, meu dia de nascimento, e que é e será a pessoa que mais admiro nesta vida, a Mulher Rainha e Árvore Mãe de uma grande família, e que sempre me apoiou a seguir os meus sonhos e a desenvolver os meus talentos nas artes e na música.




Mais um exemplo de arte criada neste local, pela mesma busca, desta vez com canetas POSCA num marco de informação que estava abandonado e vandalizado.



Depois da tempestade vem a bonança, e esta grande núvem passará...